O frisson em torno da transição elétrica nos últimos tempos soa ainda para o senso comum como um modismo da indústria automotiva. O que pouco se aborda, no entanto, é o fato de os modelos movidos a bateria já terem sido vistos como um tipo padrão de transporte urbano — e até um sonho de consumo. Isso se deu 120 anos atrás, na década de 1900, quando os carros elétricos disputavam o mercado mano a mano com os veículos a gasolina, especialmente como alternativas de luxo para a classe alta, táxis e vans de entrega na cidade.
A descoberta da propulsão elétrica remonta ao início do século 19, quando o padre e médico húngaro Anyos Jedlik construiu uma unidade que já continha componentes básicos de um motor a bateria (estator, rotor e comutador). Mais para o fim do século, precisamente no ano de 1881, o inventor francês Gustave Trouvé apresentou o primeiro carro elétrico completo no Congresso Internacional de Eletricidade, em Paris. A partir daí, foram surgindo as primeiras marcas especializadas na Europa e, por conseguinte, nos Estados Unidos.
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